sexta-feira, 5 de março de 2010

Alice no País das maravilhas


"Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era possível naquele dia quente que a deixava sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margaridas, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela."

Naquela mesa


Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela Mesa
(Nelson Gonçalves)
Composição: Sérgio Bittencourt

Paro ou continuo a andar depressa para esquecer?


O silêncio existe.
Ele é oriundo da paz ou da falta. Mas enquanto a paz ainda não me pertence, a falta.
Falta do cheiro, voz, gargalhada, oração, presença.
Sim o silêncio que existe no meio do turbilhão da rotina, nos carros que buzinam, na música que teima em tocar alta, na televisão com todos aqueles canais incríveis, nas conversas com os amigos tomando cerveja. O silêncio existe no meio das novidades, acontecimentos, surpresas.

Existe e persiste tanto que me deixa um pouco confusa, preciso de barulho?Preciso andar depressa?
Nostalgia, revivo o que passou ou o que nem chegou a acontecer, mergulho, enterro, caio, levanto, viajo em oportunas idealizações.