quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Metade
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009



CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM ÉTICA APLICADA E BIOÉTICA
DO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA / FIOCRUZ
Inscrições até 6 de março de 2009.


Células Tronco

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Aquelas três ali.



Recordar, repetir, elaborar.

Lembranças



A prasta da minha avó!

Alguns conhecem como bolinho de chuva, outros simplesmente como bolinhos, pra mim, para os meus primos e para todos os 11 filhos da minha avó Laura: Prasta. Tem a prasta doce e a salgada. A salgada era acompanhada sempre com um café preto bem quentinho. Já a prasta doce tinha um recheio que nada mais era que um pouco da massa crua que ficava dentro. E esse recheio era super importante, todos queriam e só a minha avó sabia fazer. Inúmeros pedidos eram feitos, no verão, no inverno, não tinha um tempo ideal pra comer prasta. Diferente de tomar sorvete quando está muito calor. Para fazer a prasta era utilizada sempre a mesma tigela vermelha e sempre a mesma panela. Nunca vi diferente. Parecia até que era simpatia. Mas, bobagem. A minha avó não acreditava nessas coisas. E ainda não acredita! O cheiro era característico e trazia todos para o aconchego da cozinha ouvindo o barulho constante do exaustor. A minha avó nunca se incomodou em fazer aquela enorme quantidade de prastas. Meu Deus! Era muito bom!Tomar café da tarde na companhia da minha avó com as suas cantaroladas durante todo o processo: Os ingredientes, a massa mole batida sempre a mão, nunca em batedeira alguma. O óleo quente na panela. Que engordar que nada, era uma delícia! Ainda posso sentir o vento das tardes de prastas na casa da minha avó. Ventos bons. Ainda tiro os segredos culinários escondidos na memória de minha avó. Ahh tiro!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Colóquio Winnicott



I COLÓQUIO WINNICOTT DO VALE DO PARAÍBA
Saúde, doença e prevenção em Winnicott
Data: 25 de abril de 2009Local: Teatro São Joaquim (Centro UNISAL)
Cidade: Lorena - SPPromoção Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana
Grupo Winnicott de Lorena
CoordenadoraProfa. Dra. Denise ProcópioCoordenador adjuntoRodolfo FerrazConferencistas convidados
Elsa Oliveira Dias (SPBW)
Leopoldo Fulgencio (PUCCamp, SBPW)
Orestes Forlenza Neto (SBPSP, SPBW)
Roseana Moraes Garcia (PUCSP, SBPW)
Zeljko Loparic (PUCSP, Unicamp, SBPW)
Telefones: (11) 3676.0635 / 3675.6545

Surpresas



"Se você fizer tudo o que pode para promover o crescimento pessoal de seus filhos, vai ter de ser capaz de lidar com resultados incríveis. Se seus filhos acabarem se encontrando, não vão se contentar senão em se encontrar em sua totalidade, e isso vai incluir a agressão e os elementos destrutivos em si próprios, assim como os elementos que podem ser rotulados como amor. Vai ser uma longa luta que vocês terão que enfrentar. [...] É claro que meninos e meninas podem dar um jeito de atravessar essa fase, por meio de uma série de acordos com os pais, sem necessariamente manifestar rebelião em casa. No entanto, é prudente lembrar que a rebelião pertence à liberdade que vocês deram aos seus filhos, quando os criaram de modo a que eles existissem por si próprios. Poder-se-ia dizer, em alguns momentos: Você semeou um bebê e colheu uma bomba. [...] Os pais não podem fazer muita coisa; o melhor que têm a fazer é sobreviver, sobreviver intactos, sem mudar de cor, sem negar qualquer princípio importante (WINNICOTT, 2005, p. 124).

Crônica sobre a minha irmã e as minhas transferências positivas.




É sempre nostálgico pensar em como esse ser chegou lá em casa: Era assim uma tarde bem gostosa sabe, tipo aquelas de tomar picolé de uva e sentir cheiro de chuva, mais ou menos assim; logo que eu pisei na cozinha da casa antiga senti o seu cheiro, estava um quentinho na casa toda, uma sensação boa e vários sentimentos passando pela minha cabeça: era minha irmã. Cheguei no quarto e vi toda pequeninha, gordinha, delicada e desprotegida, e eu cheguei tão perto pra tocar. Aprendi um monte de coisas, desde as mamadeiras até o aprender a trocar as fraldas, o fazer dormir virou pra mim um verdadeiro brincar de boneca. Era a minha boneca principal, aquelas de porcelana, que você tem que tomar um cuidado, se não quebra. Pois é, essa boneca cresceu e de porcelana não tem é nada, e de delicada... só a liberdade e as palavras. E de desprotegida, só as fantasias, cresceu e nem disse pra onde. Nem me avisou, e aí agora fica assim : linda na foto, intensa e madura demais. Importante demais pra mim mesma. Faz pose de eu não tô nem aí, hum...mas está por tudo e por ali, quer fazer tatuagem, colocar alargador na orelha (fico louca com isso), quer viajar, acabar com o marasmo, ficar famosa, ter relacionamento aberto sem saber se dá conta, quer tanta coisa e consegue ser tanta coisa, o que é mais impressionante. Uma flor. Em pensar que pela Dinâmica da Transferência estamos sempre tão ligadas.

Amor líquido



Amor líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman, mostra-nos que hoje estamos mais bem aparelhados para disfarçar um medo antigo. A sociedade neoliberal, pós-moderna, líquida, para usar o adjetivo escolhido pelo autor, e perfeitamente ajustado para definir a atualidade, teme o que em qualquer período da trajetória humana sempre foi vivido como uma ameaça: o desejo e o amor por outra pessoa. O mais recente título do sociólogo polonês, que recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, pelo livro Modernidade e Holocausto), e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra), é uma leitura precisa e eloqüente, um convite a uma reflexão aberta não apenas aos estudantes e interessados em trabalhos acadêmicos. O seu texto claro, apesar de fortemente estruturado numa erudição consistente, não deixa de abrir espaço para o leitor comum, interessado em compreender como as estruturas sociais e econômicas dos tempos atuais, tentam dar conta da complexidade do amor que, com a permissão de citá-lo mais uma vez, é “uma hipoteca baseada num futuro incerto e inescrutável”.


Programa de Educação em Diabetes e Obesidade da primeira à terceira idade

O DIABEST é um programa de Promoção de saúde e prevenção de doenças aplicado por uma equipe de profissionais.Atuamos em vários bairros do Rio de Janeiro com Workshops para leigos e para profissionais de saúde. Nossa sede situa-se num Shopping da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, onde utilizamos as dependências deste lindo local para execução de atividades práticas que imitam o cotidiano de nossos associados.O programa de Diabetes é baseado no MYD (Mastering Your Diabetes) adaptado do Diabetes Research Institute. Nosso planejamento de Oficinas semanais inclui grupos específicos.O DIABEST conta com apoio de empresas como a Johnson&johnson, entre outras, promovendo oficinas práticas e interativas de monitorização da glicemia, orientação alimentar, atividade física, Alcance do peso saudável , entre outras. Além de informações com temas atuais, realizamos eventos sociais e lúdicos como passeios, chás, e programas voltados exclusivamente pra crianças.Para profissionais de saúde promovemos Workshops de atualização como Bomba de Infusão subcutânea de Insulina, softwares e monitores de glicemia, Contagem de Carboidratos, Suporte educacional em clínicas e consultórios. O cadastro no site é gratuito. Informamos via e-mail a programação.Nossa equipe (Nutricionistas, educador físico, fisioterapeuta, psicólogos, enfermeira) realiza atendimentos individuais para associados e não associados. Não realizamos consultas médicas. Objetivo principal é complementar o atendimento clínico incentivando os participantes a executar corretamente as prescrições de seu médico , trazendo assim maior adesão e sucesso ao tratamento.O DIABEST foi criado para trazer para a família informação sobre saúde com conforto, segurança e qualidade de vida. Tudo isso com muito humor e prazer em estar junto.







Diabest-Centro de Educação em Diabetes e ObesidadeAvenida das Américas 700, loja 216 “G” - Barra da Tijuca - RJTel-83059965 / 3045-9544;

Antigas Crônicas Psicológicas baratas!



Panela de Feijão

Maria é uma doce menina que divide apartamento comigo há uns 6 meses. Na quinta-feira passada ela resolveu colocar para cozinhar em uma enorme panela: Feijão. quando pensou em fazê-lo pensou em seu namorado, às vezes ele vem jantar aqui em casa. Bom, a questão foi que ela fez o tal feijão, eles jantaram e a panela com a metade de todo aquele feijão ficou esquecida por dias em cima do fogão. Devido ao seu esquecimento, ativei a sua memória após aqueles dias suportando o cheiro que começou a se alastrar pela cozinha. Lembrei agora também que eu não mencionei que a Maria não gosta muito dos serviços domésticos, ou melhor qualquer coisa que mereça assim tipo de esforço físico tremendo. Então, quando a situação da panela de feijão ficou crítica mesmo e ela teve que colocar a mão na massa...ah, esqueci também de mencionar que a Maria também destesta coisas muito nojentas, tipo vômito, clara de ovo, gozo e tal. O fato foi que ela teve que colocar a mão na massa, jogar fora os caroços e o caldo de feijão estragado da panela. Pela sua descrição desse evento que era a mesma da minha imaginação ficou muito claro todo o seu sofrimento ao ter que colocar todos aqueles grãos podres com todo aquele caldo esverdeado e espesso dentro da lata de lixo. Na simples responsabilidade daquela ação o que prevaleceu foi apenas o seu repúdio e o seu nojo desmedido. Em seu relato absurdamente carregado de raiva até recordações familiares vieram à tona. As frases da sua cruel história eram: Eu não preciso lavar essa panela de feijão, nunca fiz isso na minha casa. Que ódio que eu tenho dessa panela de feijão, que ódio do meu namorado por ele querer jantar e eu ter que fazer feijão. Nunca mais faço feijão. O show foi grande e a raiva também. só vendo pra saber.

Bom, se você não entendeu esse deseperdício e a doce Maria ficando puta da vida por causa de um simples esquecimento de uma panela de feijão podre no fogão eu confesso que também fiquei meio chocada. Mas, resolvi pensar da seguinte forma e ouvir da seguinte maneira esse relato: É difícil direcionar a raiva quando não sabemos de onde ela vem. O mais fácil é elaborá-la e denominá-la: feijão.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dia 05/02/2009 - Instituto Fernandes Figueira e a Santa Casa de Misericórdia



Evento contará com palestras sobre câncer de mama


A Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, parceira do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), realizará no dia 5 de fevereiro, a partir das 9 horas, um evento para exaltar os 100 anos de criação do Serviço de Radiologia da Santa Casa. O evento contará com palestras sobre o câncer de mama, discussões sobre as ações da Sociedade Brasileira de Mastologia, atividades para os médicos residentes e homenagens aos grandes incentivadores das campanhas de combate à doença. O auditório da Provedoria da Santa Casa Rio fica na Rua Santa Luzia, 206 – Castelo.
Programação:
9h - Abertura Dr Dahas Zarur – Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Homenagem à atriz Cássia Kiss e homenagem póstuma aos professores Manuel Cymberknoh e Cláudio Kemp
10h – Palestra“O Câncer de Mama – Visão do Ministério da Saúde”Dr Luiz Santini - Diretor do Inca
Discussão: Dr Aldemir Soares - CBR Dr Carlos Ricardo Chagas – SBM
14hServiço de Radiologia Auditório A: Tutorial BI-RADS Prof Nestor de BarrosServiço de Radiologia Auditório B: O que e como ensinar o diagnóstico por imagem da mamaProf Hilton Augusto Koch
16h – EncerramentoProf Hilton Augusto Koch

A reinvenção da Velhice!


O livro é ótimo e parte dele está disponível neste site.

Psicólogos integrados em equipe multidisciplinar e os cuidados com o paciente diabético