É sempre nostálgico pensar em como esse ser chegou lá em casa: Era assim uma tarde bem gostosa sabe, tipo aquelas de tomar picolé de uva e sentir cheiro de chuva, mais ou menos assim; logo que eu pisei na cozinha da casa antiga senti o seu cheiro, estava um quentinho na casa toda, uma sensação boa e vários sentimentos passando pela minha cabeça: era minha irmã. Cheguei no quarto e vi toda pequeninha, gordinha, delicada e desprotegida, e eu cheguei tão perto pra tocar. Aprendi um monte de coisas, desde as mamadeiras até o aprender a trocar as fraldas, o fazer dormir virou pra mim um verdadeiro brincar de boneca. Era a minha boneca principal, aquelas de porcelana, que você tem que tomar um cuidado, se não quebra. Pois é, essa boneca cresceu e de porcelana não tem é nada, e de delicada... só a liberdade e as palavras. E de desprotegida, só as fantasias, cresceu e nem disse pra onde. Nem me avisou, e aí agora fica assim : linda na foto, intensa e madura demais. Importante demais pra mim mesma. Faz pose de eu não tô nem aí, hum...mas está por tudo e por ali, quer fazer tatuagem, colocar alargador na orelha (fico louca com isso), quer viajar, acabar com o marasmo, ficar famosa, ter relacionamento aberto sem saber se dá conta, quer tanta coisa e consegue ser tanta coisa, o que é mais impressionante. Uma flor. Em pensar que pela Dinâmica da Transferência estamos sempre tão ligadas.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário