sábado, 24 de abril de 2010

Gatos amarelos




Ter um gato é estar preparado para lidar com o seu próprio ego(clichê), mas e ter dois ou mais?Tenho pensado nisso e acho que talvez ter dois ou mais gatos seja se entregar e cair dentro de um mundo estranho e desgovernado construído por nós mesmos. Veja bem como as coisas funcionam aqui em casa, tenho que berrar várias vezes pela casa assim: Quem manda aqui sou eu!!!!Até pareço louca, mas eles não querem entender que existe alguém que manda na casa, que existe alguém dono daquela imensa cama arrumada que eles pensam que foi feita pra eles, eles não compreendem que o sofá da sala é para visitas, ou que meu almoço ou lanche é meu. Meus gatos amarelos sofrem do mesmo mal que eu, são introspectivos, independentes, gulosos, persistentes, preguiçosos, careeentes... na maioria das vezes eu me enxergo neles. Estive pensando:Só posso usufruir do carinho deles se eu me acalmar, isso mesmo, quando eu chego toda agitada, de porre, estressada, cheia de coisas na cabeça...nada deles quererem sentar no meu colo, mas bastou eu tomar banho, relaxar, pegar um livro ou sentar em frente a tv, pronto!Lá vem eles com seu rabo longo se enroscando em mim como se eu fosse a própria fêmea deles, sim os dois são machinhos, bem...pelo menos foi o que eu pensei quando os peguei para adoção, logo mais quando a veterinária nos visitou para dar a vacina, veio a notícia: Miltinho, meu gato mais dengoso não tem testículos, ou seja ele é hermafrodita, meu dengoso é meio macho meio fêmea. E Geninho? Meu gato mais cuidadoso, tímido com seu miado rouco que eu achava tão charmoso... é asmático...sim meus gatos amarelos tem esses probleminhas diferentes...mas eu amo essas pequenas coisas e amo que eles estejam comigo, me acompanhando com seus miados diferentes, com essa beleza intransponível, essas atitudes tão diversas...estou agora sempre munida de histórias pra contar...histórias que eu aprendo com eles e levo pra análise, minha catarse absoluta.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Movimento: o corpo e a clínica

Uma tese muito bacana que eu encontrei quando procurava material para minha monografia da pós, com fonte segura e orientação de Joel Birman. Vale a pena ler.
É um estudo do corpo em sua qualidade sensível, buscando evidenciar que é sobre este que incidem as formas de dominação contemporâneas na medida em que o corpo vem sofrendo, na atualidade, um processo de anestesiamento em seu campo intensivo, seja por uma sobre-excitação da sensação ou, ao contrário, pelo seu apagamento. Tal anestesiamento decorre dos novos modos de subjetivação contemporâneos em que a vida se tornou o lócus privilegiado das intervenções dos poderes. O corpo entediado, esvaziado de suas forças singulares produtivas, tem sido resultante da complexa rede de ingerências a que tem sido exposto.

http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=517635&indexSearch=ID

Acabei


Acabei de ser feliz, de pensar em você,
acabei de entender Melanie Klein, acabei de esquecer,
acabei de sofrer com as minhas críticas, quais eram?
Acabei de repetir os mesmos erros, já consertei.
Acabei de chorar sem motivo, agora os tenho,
acabei de ouvir músicas, lembrei,
acabei de deixar de lado as preocupações, acabei de chamá-las pra perto de mim.
acabei de tentar, frustei, consegui.
acabei de enjoar de mim mesma, continuo........